O CONFLITO DE GERAÇÕES DE ADMINISTRADORES/GESTORES DENTRO DA EMPRESA

Um bom “Acordo de Sócios” pode ajudar

Deu no “Harvard Business Review” (https://hbr.org/) - como destacou a Jornalista Marisa Tavares para o G1 (coluna Bem Estar) - que, em suma, estamos vivendo mais e com qualidade. Já temos, por causa disso, três gerações convivendo nas empresas.

Como sugere a coluna, se a convivência entre funcionários já é difícil, imagine a intergeracional entre eles. Mais ainda, amplie-se essa situação de convívio entre Gestores/Administradores de diferentes gerações e se terá um elemento desnorteador no negócio, algo que pode, inclusive, fazer naufragar a empresa. É natural que ocorram atritos geracionais entre, por exemplo, o Fundador do negócio, seus filhos e netos. Muitas cabeças pensando a empresa podem fazê-la, numa situação extrema, naufragar.

Pensando nisso, a par do que possa dizer o Contrato Social, há um outro pacto, firmado entre os sócios, para administrar o dia a dia da corporação e que, se bem aplicado, pode resolver questões trazidas por tal conflito: É o “acordo de sócios”.

Tal acordo, é bom que se diga, tem uma vantagem sobre o contrato social, já que é mais flexível no que concerne às modificações, o que pode levar os sócios a uma reavaliação do que nele se contém, promovendo novos ajustes mais adequados ao dia a dia da empresa.

Então, como o “combinado não sai caro”, a ferramenta, se bem ajustada, pode auxiliar na solução do conflito intergeracional entre os sócios e, mais, se não respeitada, pode muito bem ser usada judicialmente para afastar eventuais descumprimentos.

Por fim, para que um bom acordo seja bem estruturado, é essencial que um Advogado, familiarizado com o tema faça a necessária redação, e, ao longo do tempo, promova os ajustes necessários, já que a empresa e as relações pessoais são dinâmicas, assim como a vida.