Oi, sumido!
Assistindo a um podcast, me deparei com números assustadores. O host (quem conduz o assunto) aludiu a um número exagerado de crianças sem pai. Fui atrás dos números.
Em dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, ainda em 2023, levantou-se uma discussão que ainda presente, mesmo em 2024: a existência de milhares de crianças registradas sem o nome do pai.
Os números da ARPEN trouxeram dados dos cinco anos anteriores. Por dia, eram 470 crianças sem o nome do pai na certidão de nascimento. É bastante gente.
Proporcionalmente, a região Norte era a que tinha mais ausência de pais em registros, o percentual era de 7,5%, seguindo-se o Nordeste (com 5,7%), o Centro-Oeste (com 5,3%), o Sudeste (com 4,7%) e o Sul com um pouco abaixo disso.
Esses números talvez demonstrem o descaso da paternidade no Brasil. Fala-se, nos bastidores, que o nosso seria um dos maiores do mundo.
É claro que o registro regular, com a indicação do pai na certidão, é um primeiro passo e precisa ser estimulado cada vez mais. Mas só isso não basta. Registrar, pagar pensão... e ficar só nisso, nessa formalidade paterna é algo que não se quer.
Estamos, embora o assunto seja um tanto controverso, numa encruzilhada para os homens (e o podcast, que citei acima, com a Psicanalista Maria Homem de Mello, falava disso) e é importante que surja uma nova paternidade, onde discutiremos assuntos como a importância do envolvimento do pai na criação dos filhos, a conciliação entre trabalho e vida familiar para os pais, o papel do pai na educação e desenvolvimento emocional dos filhos, os desafios e benefícios da coparentalidade positiva (que é a capacidade dos pais em trabalharem juntos em benefício dos filhos, mesmo após a separação), as estratégias para promover a paternidade responsável e, por fim e não menos importante, os direitos e responsabilidades dos pais.
Portanto, há muito que se fazer nesse campo.
O articulista trabalha com conteúdo digital e atua junto a Brüning Advogados Associados. O presente artigo representa uma opinião pessoal, sem vinculação de quaisquer outras pessoas, e tem caráter opinativo, informativo e não consultivo.
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