A internet, sem dúvida, revolucionou a forma como consumimos. Com apenas alguns cliques, podemos encontrar desde a receita perfeita até o remédio ideal. Mas a experiência nem sempre é tão positiva quanto esperamos.
No último domingo, precisei de um medicamento de uso contínuo e, como de costume, recorri à minha fiel aliada: a internet. A busca por preços e disponibilidade foi rápida e eficiente. No entanto, ao entrar em contato com uma rede de farmácias bastante conhecida em Curitiba, deparei-me com uma situação inusitada. Para obter informações básicas como preço e disponibilidade do produto, a atendente exigiu o meu CPF. A justificativa? Nenhuma. Senti-me invadido e frustrado por ter que fornecer um dado pessoal tão sensível apenas para fazer uma simples consulta.
Diante daquela experiência negativa, resolvi tentar a sorte em outra farmácia. Para minha surpresa, o atendimento foi completamente diferente. A atendente não apenas me forneceu todas as informações solicitadas, como também me explicou, via áudio, o processo de compra de forma clara e objetiva. Ela até mesmo me alertou sobre a possibilidade de encontrar um preço ainda melhor no balcão da loja.
Essa experiência me fez refletir sobre a importância do atendimento ao cliente no mundo digital. Enquanto algumas empresas utilizam a internet como ferramenta para facilitar a vida dos consumidores, outras a utilizam como barreira. A exigência de dados pessoais sem justificativa e a falta de empatia dos atendentes são atitudes que afastam os clientes e prejudicam a reputação da marca.
É preciso que as empresas do setor farmacêutico compreendam que a experiência do cliente vai muito além da simples venda de um produto. A confiança, a transparência e a humanização do atendimento são fatores cruciais para fidelizar os consumidores. Afinal, a saúde é um bem precioso e merece todo o cuidado e atenção.
Acredito que a internet tem um papel fundamental a desempenhar na democratização do acesso aos medicamentos e às vendas de um modo geral. No entanto, para que isso seja possível, é preciso que as empresas invistam em um atendimento de qualidade, que valorize o cliente e que utilize a tecnologia a seu favor. Afinal, a tecnologia existe para servir às pessoas, e não o contrário.
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