O FUTURO DO DIREITO: JURIMETRIA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, ELES JÁ ESTÃO ENTRE NÓS
Ah, foi-se o tempo em que para se dar bem no mundo da Advocacia era só estudar o Direito.
Como tudo muda, o Direito mudou. E a sua prática também.
Hoje quero falar sobre a jurimetria. Não se preocupe, não é palavrão.
Conceitualmente, é a estatística aplicada ao Direito. É a junção de elementos estatísticos, números, “preto no branco” do que acontece no mundo jurídico. Sinal dos tempos e que acena com um adeus definitivo à Advocacia romântica.
Digo com propriedade, fui formado na velha escola do múnus público lá em 1992 pelas “Arcadas” da Fundinopi, lá de Jacarezinho, do meu querido Paraná. Era o tempo de uma outra Advocacia e de outros Advogados.
Agora tudo é número. As empresas e os grandes clientes exigem percentuais de sucesso e os grandes escritórios precisam ter isso em mãos.
Pois bem, voltando ao tema, a jurimetria é a estatística aplicada ao Direito. Ela é uma disciplina que surgiu ao longo da trajetória jurídica e do exercício da advocacia no país. Seu ponto de partida é justamente a aplicação de sistemas de estatística e probabilidade ao estudo dos acontecimentos jurídicos embasados pelo Direito.
Acresça-se à jurimetria o uso, agora recente, de dados gerados por inteligência artificial que poderá nos dar, em curtíssimo prazo, dados mais exatos e assustadores.
De um modo geral, a jurimetria é focada em três pilares:
• Na atividade legislativa – em que o Poder Público pode, com base nos dados lançados, pode criar leis importantes e mais relevantes.
• Na atividade judicial – em que, com base em decisões anteriores e reiteradas, se conhece determinados posicionamentos das autoridades judiciárias a fim de nortear as melhores soluções dos casos apresentados.
• Na atividade do advogado – onde, com base nas previsões acerca das reiteradas decisões judiciais, os advogados podem apresentar as reais chances de sucesso das teses jurídicas.
Enfim, ainda estamos conhecendo melhor as ferramentas que automatizam o trabalho dos operadores do Direito. Já estamos no futuro!
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